Obscenidade Digital: Um Ano De Força E Anulação De Ideologias Dominantes 8 1442

Por Marco Antonio, o INCRÍVEL

Foi pra transformar em épico o que é banal que abri meu coração. O mais atento acusaria, de longe, ao perceber qual é o assunto: “Alquimistas das palavras!”, assim repentino, como quem dá um soco em alguém antes de decidir que quer mesmo brigar.

Sobre as longas noites em que, esquecidos por todos, nos encaramos mutuamente, digo: Te amo. Sei que sou correspondido e, portanto, minha segurança emocional, minha paz de espírito e minha sanidade estão mantidas. Você me ouviu quando precisei. Quando todos viraram as costas e quando todos estavam tão distantes que não faria diferença se estavam de costas ou não, você estava aqui. O único. Um brinde a você, então.

Os guerreiros continuam a missão. A língua portuguesa agradece. A linguagem humana, mais ousada, nos escreve uma ode em algum lugar do cosmos. Nos entregará a homenagem, elaborada com justiça, quando oportuno.

Vivemos com alegria o presente, mas certo é que a posteridade nos é garantida. Deus me falou pessoalmente.

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8 Comments

  1. Haaaaa mininão… os irmão estão sempre na luta, e é por isso que eu brado… “é nóis que ta, Cachorro.”
    E se é tempo de mudança, eu poderia dizer… “To Sofreeeeeeendo”, mas isso passa e sempre se muda pra melhor.

    Parabéns aos manolos que mantem o Blog ativo, desde já digo que estou fora desses!! Va-Ga-Bun-Do!! hahahahah!!

  2. Então, estou aqui para dizer em singelas e poucas palavras que simplesmente e sinceramente, você é fodasticos! “Deus me falou pessoalmente” sérisimoooo! HAHAHAHA! É nois que ta, vagabundo, maloqueiro, sangue bom ^^. Ótimo texto como sempre! Enfim, very happy birthday.

  3. Esse negó de Deus falou me lembrou uma coisa muuuuito porca que passou ontem a noite na TV. Era um tribunal tosco de um cara que ouvia o sopro divino… ele matou a esposa estrangulando e afogando na banheira dum motel.

    *emocionei*

    (será que consigo comentar hoje????!!)

  4. AIIIJEIJAEijaeijaejiae…totalmente, Nini! Hoje deu certo de comentar, depois de tentativas menos bem sucedidas! Sensacional! Volte sempre! E no mais é aquilo. Casos em que pessoas estrangulam outras sempre são bons, sobretudo quando o cara cita sopros divinos como inspiração pra crimes macabros, né?

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Distante das Linhas de Nazca 0 1274

Thiago Orlando Monteiro

Alguns vazios aumentam sempre que tentamos preenchê-los. E geralmente, porque tentamos preencher com algo que não nos cabe, ou no mínimo não nos pertence.

Não há muito que se ver aqui em cima. Menos ainda há o que se orgulhar. O cinzeiro está transbordando de cigarros. Por cima da mesa são quatro maços vazios e mais um pela metade. Tem outro vazio que não dá pra ver, embaixo do sofá, mas isso é sobre outro dia. As latinhas de cerveja entulhavam a mesa de centro até agora pouco, agora só restam sete, as outras estão sobre a pia. São quatro e meia da manhã, não há mais tempo de se arrepender de nada.

O fluxo de ideias vem numa vertente capaz de mudar o curso de um rio. São dois furacões que espalham tudo o que acabaram de criar. Instantes após o caos a calmaria tenta se fazer presente. Mas não. Esse tipo de sentimento não é bem-vindo, não agora. O cartão de crédito transforma a pequena montanha em linhas. Tudo começa novamente. E só acaba um grama depois.

Nossos impulsos ruem nossa integridade. E como costuma acontecer, ruínas geram ruínas.

O nascimento do sol enfim consegue barrar o curso desse desastre natural. A sensatez, rara nessas condições, permite que três latas de cerveja descansem na porta da geladeira. Um banho quente ajuda a relaxar o corpo. Mas agora, nada é capaz de parar a mente. Já debaixo do lençol o coração bate como uma britadeira. O medo da vida toma conta outra vez. É curioso como tudo sempre lembra o seu contrário. Minha maior vontade era de não estar aqui. Perto de tudo o que me corrói e tão distante das linhas de Nazca.

Escrito pelo Gabriel Protski

Ilustrado pelo Tho

Carta a Hunter S. Thompson 0 1212

A temporada de futebol americano ainda não acabou. Ainda faltam bombas. Faltam andanças. Faltam confusões. Ainda falta muita diversão. Que venham mais 67. Mais 17. Que apenas venham. Mesmo que doa. Mesmo que canse. Mesmo que seja obrigado a conviver com o gosto de cloro. Talvez isso não seja plano para mais ninguém. Não importa. Que sigam os jogos, a temporada está só começando.

 


 

Carta de suicídio de Hunter S. Thompson:

“A temporada de futebol americano acabou.

Chega de jogos. Chega de bombas. Chega de andanças. Chega de natação. 67 anos. São 17 acima dos 50. 17 mais dos que necessitava ou queria. Aborrecido. Sempre grunhindo. Isso não é plano, para ninguém. 67. Estás ficando avarento. Mostra tua idade. Relaxe. Não doerá”

 


 

Gabriel Protski