postado por Rafaé
A construção de uma relação é inevitável. Não é algo pelo qual nos dedicamos. Quando vemos, está construído, com um esforço involuntário, irracional. Momentos seguidos de sinceridades e entregas. Logo estamos decolando para um lugar desconhecido, extremamente sedutor. A trajetória é longa, mas a encaramos sem olhar pra trás. Muito menos nos amedrontamos com a subida pela frente, do crescimento natural.
E assim fomos, construindo e vivendo a fatalidade da felicidade, apesar de dividida, sempre crescente. Essa é daquelas coisas para as quais a lógica torce o nariz: divisão pra crescer. Vai saber…
O fluxo segue, acelerando, freando, derrapando mas fluindo, sempre crescendo. No meio disso tudo, tive um lapso de tentar colocar os pés no chão, obviamente inútil. Já havíamos subido muito além dos lugares que eu já havia visitado. E assim, a certeza de uma felicidade desconhecida, daquelas que vibramos ao nos convencermos de que realmente a estamos vivendo. Pela primeira vez olhei pra trás, apenas pra reafirmar a certeza do privilégio.
É claro que o crescimento dessa felicidade nunca termina. É inevitável, dada a vontade e dedicação de ambas as partes. E de tanto não parar, chegamos lá, no auge. E sem conseguir fugir da fatal parábola das nossas vidas, a decadência foi inevitável. Cansei.