postado por Rafaé
Desorientação. Destino incerto. Vontades incertas. Rumo. Vago objetivo de chegar. Chegou quando quis. Onde se convenceu de que era um bom porto. Por lá Jonas ficou, esperando a mensagem que chegaria no celular, vinda de um porto personificado. Esperou com a mesma ansiedade com que abre seu e-mail diariamente, aguardando por um inventário de sentimentos que o arranque da linearidade do sentimento-tempo.
A felicidade latente o acompanhava, esperando uma ocasião que justificasse sua utilização. Será mesmo que podemos usar a felicidade? O amor que sentimos é o mesmo? Pra todos? Só muda a pessoacoisa com a qual utilizamos esses sentimentos? Sei não…
Sentado ali, no destino eleito, Jonas observava as pessoas que passavam. Umas sorrindo, realmente convencidas de estarem felizes. Outras nem tanto. Aqueles sorrisos. Conteriam eles todos um mesmo sentimento? Mais uma das coisas que eu não sei…
Porra, Jonas. Você aí, perambulando pelas ruas, com esses sentimentos latentes e não é capaz de eleger um serobjeto que justifique utilizá-los?
É. Nada como teorizar, definir e embalar todas as variantes que rodeiam Jonas. Esse ser incerto, vagante, com sentimentos guardados em compartimentos quadrados, como em um guarda-roupa de outros tempos.
Mais um dia vai perdendo seu sol, por trás dos prédios. O vento começa a resfriar a pele queimada pela tarde. Vvvv… Vvvv… mensagem no bolso. No visor, em outras palavras, a ordem. E Jonas, sempre organizado, revirou o quadrado da felicidade, levantou e foi utilizá-la.
O único certo de seus sentimentos, aquele q não erra, Eudes…
Eudes é o único que sabe dosar sentimentos… que possui receita e intensidade ideias pra um PRRRÁÁÁ eficaz-incrível.
Eu não sei nem o porque de vocês usarem mais de uma palavra pra descrever o sentimento do Jonas, esse de felicidade latente. Eu, que sou mais sintético pra essas coisas de alegria aparentemente gratuita, faço o trabalho do diabo, então:
E U D E S.
Sem mais.