Da série “ESCRITOS ÉPICOS DE LETÍCIA FRANÇA”, capítulo 03.
A melhor hora para dormir é quando os chopps estão na cabeça e o amor está no ar. No ar?
Quando o amor ainda é uma ilusão, uma vontade, o bem-querer sagrado dentro do coração. Sagrado?
Ainda aperta, corrói. São dúvidas. Quantas dúvidas. Quanta aflição. No ar?
Quanta mentira plantada dentro de nós. Plantada por nós. Plantada para se alegrar. Sagrada?
Sagrada angústia que me invade a noite, enquanto o chopp ainda faz efeito, enquanto osmúsculos procuram algo para exercitar.Você ?
Exercita as dúvidas do que ocorre entre as madrugadas perdidas de dois jovens que nem sabem oque estão fazendo. Formulando. Gostando. Estão?
Fazem preces e teoremas. Conspiram o mundo. Naquele segundo tão clichê, no meio da frasemais repetida como se fosse preciso dizer que não se sentia mais nada.
E amam como se estivessem inventando o tempo, o pesadelo. O mundo. Fazendo a revolução. O sexo?
Culpam as formas, os jeitos e trejeitos, as ideias, as vontades mais originais e repetidas dessemundo tão jovem de ser. Fazem?
Ninguém sabe. Querem. Acabam com as dúvidas. Andar sem correntes, caindo na mesma faceta.Armadilha. Como se chama isso?
Isso que, mesmo com mil chopps e muita orgia, acaba se transformando em algo inexplicável einconcebível.
Isso que está no ar. Que é sagrado. Onde eles estão? Que é e não é sexo. Que eles fazem.
Isso que se chama amor.
Me diga que o título foi inspirado no SPC, por favor!
Fooooi!