postado por Rafaé
Sozinho há mais de dezoito horas, tomo um banho – não muito quente. Ao sair do banheiro, a escuridão já dominava meu quarto. O calor não era suficiente para se fazer perceber. Típico nessa época do ano.
O ônibus perdido me atrasou em vinte minutos. Ainda assim, fui o primeiro a chegar. Minha solidão estava com os minutos contados. Logo chegam um, outro e mais outros. Enfim tomamos conta do bar, com mesas atravessadas no meio e tudo mais. Objetivos comandam a noite e as cores mudam de acordo com o desafio.
Nem todos enxergam o que acontece, mas ainda assim jogam baralho. O banheiro é cada vez mais disputado – por motivos ilícitos.
A meia noite vem chegando e o vinho chega pra acompanhar a peregrinação que nem sempre chega a algum lugar. Mas a noite se fará lembrar no dia seguinte. Seja pelas lembranças, seja pela dor de cabeça.