Postado por Marco Antonio: O fantasma na neve, a lágrima na chuva.
(da minha série de bobagens número qualquer coisa)
Voltas e voltas no discurso. Muitas palavras, nenhum significado, pouca relevância no conteúdo. Reluta, reluta, reluta. Refuta o bom senso pra não assumir que não sabe do que caralhos está falando. Orgulhoso que é. Ama a si próprio mais que o nível do saudável acharia saudável, caso fosse pessoa e pensasse sobre limites. Mais que o nível de tudo, que as coisas, que as outras pessoas, que a vida, que seja.
Não sei nada sobre nada, que fique para registro. Mas descobri que a polidez que uso pra lidar com ele me rouba um tempo que não quero mais perder. O destino pode desistir de quem não se importa com ele. Passo agora, através de manifesto público, a me importar com o meu. O manifesto publica mas não necessariamente legitima minha vontade. Eu sei, amorzinho. Que seja esta a questão menor agora, tá bem? E por alguma razão ele continuou, concluindo o monólogo imbecil que fazia sobre algo igualmente imbecil:
– Sacou?
E eu respondi:
– Na verdade não. Aliás, eu não só não saquei, como faço questão de não querer sacar. Foda-se toda essa porcaria que você ta falando, porque eu ouvi tantos “eu” no teu discurso que não agüento mais. A ponto de abandonar o beijo no rosto, que me é pura forma de educação e de etiqueta. Você tá falando há horas e horas e não falou nenhuma vez em termos de “nós” ou de “podemos”. Eu nem sei qual o tema que você começou a abordar, meu. Se você tem esses assuntos internos na tua cabeça, provavelmente aí é onde eles funcionam melhor. Trabalha com essas coisas e me apresenta o resultado, que essa coisa de hipótese, “eu acho”, “eu sei que”, e tudo isso tá me cansando bastante, agora. Você sabe que eu te amo e te respeito profundamente, mas tá bem chato ficar ouvindo essa ladainha sem fim da porra. Sério. Poupe o seu tempo e a minha paciência em nome de um futuro melhor. E esse futuro melhor pode ser amanhã, até, sem problemas.
FIM ( ? )
Post Scriptum: o álbum “NON DUCOR DUCO”, do Kamau é bem legal (Valeu Karkolis Candal), nessa minha opinião singela. O “CERTA MANHÃ ACORDEI DE SONHOS INTRANQUILOS”, do Otto também. Já o “EMPIRE” do Bleed From Within é algo como que mais do mesmo do que eles fizeram no anterior (o que não quer dizer que é ruim, portanto).
MAS O MELHOR DO ANO POR ENQUANTO É O ATACK ATACK! E É NÓIS QUE TREME HAITI DOIDÃO!